sábado, 30 de junho de 2012

My Jazz Singers #6

Hoje, no último dia de Junho, em que já estamos a viver em pleno os tempos de Verão dou a conhecer mais uma (talvez) desconhecida. Mahalia Jackson nasceu há quase 101 anos, mais precisamente no dia 26 de Outubro de 1911 e veio a morrer a 27 de Janeiro de 1972 com 60 anos vítima de um ataque cardíaco. Mahalia foi uma das maiores vozes do gospel americano, e talvez ainda o seja, dado que ainda é tida como a rainha das cantoras de gospel. Foi e é uma das referências para a maior parte dos cantores e cantoras de gospel e não só. O jazz também se deixou influenciar por esta mulher de voz poderosa. Sendo que ela própria deambulou pelos meandros do jazz como comprova a performance do vídeo em baixo. Infelizmente Mahalia Jackson é muito pouco conhecida fora dos EUA actualmente. Sendo que no auge da sua carreira teve o merecido reconhecimento na Europa. Depois de um começo conturbado a sua carreira vários pontos altos: em 1948 o seu single "Move On Up a Little Higher" foi um sucesso de tal ordem que chegou a esgotar nas lojas; foi a primeira cantora de gospel a cantar no Carnegie Hall em Nova Iorque em 1950; cantou na tomada de pose de John Kennedy como presidente dos EUA em 1961; cantou, entre outras, "How I Got Over" no "March on Washington for Jobs and Freedom", evento onde Martin Luther King fez o seu famoso discurso "I Have a Dream"; mais tarde, em 1968 cantou "Precious Lord, Take My Hand" no funeral de Luther King.
Por estarmos em tempos de Verão, a música que apresento hoje é "Summertime". A versão mais conhecida desta música é a de Ella Fitzgerald e Louis Armstrong. "Summertime" foi escrito e composto em 1935 para a ópera americana "Porgy and Bessy", a letra é de DuBose Heyward, Dorothy Heyward e Ira Gershwin  e música de George Gershwin. Depressa se tornou num standard do jazz e qualquer cantor de jaz e não só a tem interpretado, até Amália Rodrigues. Não consegui confirmar quando é que Mahalia cantou/gravou a sua primeira versão de "Summertime". Nem consegui confirmar em que ano foi gravada a versão do vídeo em baixo. De qualquer maneira esta senhora e esta versão são poderosíssimas.
Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

One of these mornings
You're going to rise up singing
Then you'll spread your wings
And you'll take to the sky

But till that morning
There's a'nothing can harm you
With daddy and mamma standing by

Summertime,
And the livin' is easy
Fish are jumpin'
And the cotton is high

Your daddy's rich
And your mamma's good lookin'
So hush little baby
Don't you cry

sábado, 2 de junho de 2012

PUB #1 - Dia da Criança

Adoro publicidade. Confesso que sou um apreciador de publicidade, seja ela na televisão, no cinema, na impressa, na rádio, em outdoors, etc. O nosso mundo actual está "infestado" de publicidade, boa e má. Tenho uma teoria muito curiosa em relação à publicidade: considero que basta alguém vê-la, ouvi-la, observá-la para já estar a "comprar", mesmo que efectivamente não "compre", pois a influência das imagens e dos sons gravados no nosso cérebro fazem-nos, depois, mais tarde, "comprar" sem nos apercebemos o porquê de termos escolhido A em vez de B.
Dito isto, eis que vou falar daquelas publicidades super fofinhas e bonitinhas com crianças. A Vodafone Portugal este ano tem-nos brindado com spots publicitários temáticos: houve um para o Dia da Mãe e outro para o Dia do Pai. Vendo-os em conjunto acho-os redutores, a mamã na cozinha e os filhotes fazem-lhe um bolo e o papá no escritório e o rebento prega-lhe uma travessura. Vendo-os em separado o do Dia da Mãe tem uma musiquinha gira, sendo o do Dia do Pai mais querido. Contudo, tanto num como noutro os filhos são uns doces e são realmente a melhor coisa do mundo. E é nas crianças que está o trunfo: crianças fofinhas em poses (mais ou menos) naturais "vende" e conquista. Tal como no anúncio seguinte:
Este reclame feito especialmente para o Dia da Criança tem uma filha a contar ao pai a sua versão da História dos 3 Porquinhos e é ela que mais chama a atenção, não é o Luanda Business Hotel, nem é sequer o tablet. É este tipo de publicidade que me enche as medidas, pois encapuzado como anúncio fofinho são "vendidas" várias coisas: a própria da Vodafone, a Vodafone em Luanda, Luanda Business Hotel (que não consegui confirmar que existe de facto), o tablet, e o status do homem de negócios que está sempre ligado ao mundo, inclusive à família.
Criado pela JWT e produzido pela SpotLine Films para a Vodafone Portugal.
AVISO: Neste espaço surgem nomes e referências a marcas, meios, produtos e afins sem que ninguém me tenha pago para o fazer.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

My Jazz Singers #5

Astrud Gilberto é mais que uma bonita voz da Bossa Nova ou da Música Popular Brasileira. É certo que de momento está meio escondida e meio desaparecida. Mas a influência que teve na internacionalização da Bossa Nova faz dela uma voz grande não só do mundo da Bossa Nova e Música Popular Brasileira como também do mundo do Jazz Mundial. E o que é a Bossa Nova se não uma variação quente abrasileirada de um jazz com toques de samba e tropicalismo (ou tropicália).
Nascida em Salvador da Bahia, filha de mãe brasileira e pai alemão, mudou-se para o Rio de Janeiro com família, em 1947. Com apenas 19 anos casa-se com João Gilberto, mais velho 9 anos, este casamento é crucial na sua vida, apesar de curto. Em 1963 Astrud muda-se com o marido para os EUA, onde ainda vive. Um ano depois participa com João no álbum "Getz/Gilberto" com Stan Getz e onde também colaborara Tom Jobim. Este álbum é considerado o grande responsável por popularizar a Bossa Nova nos Estados Unidos e no resto do Mundo. Tendo em 1965 ganho 4 Grammys, Melhor Álbum do Ano, Melhor Disco de Jazz - Individual ou Grupo, Melhor Arranjo, Não Clássico e Melhor Gravação do Ano para "The Girl from Ipanema", prémio partilhado por Astrud e Stan, com quem na altura tinha uma relação amorosa. Composta por Tom Jobim e com letra na versão inglesa de Norman Gimbel é esta soberba e delicada interpretação que se ouve e vê-se de já de seguida...
Tall and tan and young and lovely, the girl from Ipanema goes walking 
And when she passes, each one she passes goes - aaah 
When she walks, she's like a samba that swings so cool and sways so gently 
That when she passes, each one she passes goes - aaah
Ooh But he watches so sadly, How can he tell her he loves her, 
Yes he would give his heart gladly, 
but instead when she walks to the sea, 
she looks straight ahead not at him,
Tall, and tan, and young, and lovely, the girl from Ipanema goes walking 
And when she passes, he smiles - but she doesn't see 

Ooh But he sees her so sadly, how can he tell her he loves her 
Yes he would give his heart gladly, 
But each day, when she walks to the sea 
She looks straight ahead, not at him
Tall, and tan, and young, and lovely, the girl from Ipanema goes walking 
And when she passes, he smiles - but she doesn't see 
She just doesn't see
No, she doesn't see
She just doesn't see

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O recibo?

Hoje de manhã numa gasolineira de uma conhecida marca portuguesa...
Eu - Bom dia! São 20€ de gasolina 95 sem chumbo na bomba 5, se faz favor.
Empregado - Bom dia! - procedendo ao pedido. Passa o cartão multibanco e vira costa para tirar um café para outro cliente. Esperei que voltasse. O empregado regressa e surpreso por me ver ainda ali pergunta-me:
- Quer o recibo?
- Claro! - respondi. O empregado dá-me o recibo, eu agradeço e ele agradece-me de volta.
Eu fiquei aturdido... Já trabalhei atrás dum balcão e uma das regras básicas que aprendi foi a dar sempre os recibos, sem perguntar se o cliente queria ou não. Acho falta de educação não me darem o recibo do que acabo de pagar. Já no outro dia na Feira do Livro de Lisboa um empregado de uma das bancas me olhou de lado por eu ter pedido o recibo de um livro que me havia custado uns meros 4€.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Bernardo Sassetti 1970 - 2012

Porque é que se morre? Pergunto-me! Para quê? Com que propósito? Para deixarmos as pessoas tristes? Só pode! Morreu! Bernardo Sassetti morreu! Pianista, compositor, talentoso, muito talentoso. Estou triste, muito triste. Detesto a morte. Caiu ontem à tarde de uma falésia. O corpo foi resgatado hoje. A notícia da confirmação do seu corpo chegou hoje pela hora do almoço. A família e a sua editora confirmaram-na. Deixou duas filhas órfãs. Deixou a mulher, a também talentosa actriz Beatriz Batarda, viúva. E os pais? Estou triste, muito triste. Fica a sua obra, fica a sua música...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Prazer da Comida: Salame de Chocolate

Adoro cozinhar, para mim é mesmo um prazer... O lanche de hoje foi Salame de Chocolate com sumo de ananás e meloa.

Receita:
Ingredientes:
- 90gr de chocolate;
- 90gr de margarina;
- 90gr de açúcar amarelo;
- 1 café normal;
- 200gr bolacha torrada.

Preparação:
Desfaz-se a bolacha torrada numa terrina, junta-se o açúcar, a margarina amolecida e o chocolate previamente derretido no café (no microondas). Mistura-se tudo muito bem, molda-se em forma de rolo com a ajuda de película aderente, guarda-se no frigorífico para solidificar e está pronto a comer em 4 horas.

Notas:
Quantidades aproximadas.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

My Jazz Singers #4

Hoje comemora-se o 38.º aniversário da Revolução dos Cravos. O que resta do 25 de Abril de 1974? O que realmente se conquistou nesse dia? A resposta a esta e outras perguntas ainda estão gravadas nas músicas e letras de Zeca Afonso. 
Em 2007 foram lançados dois álbuns que homenageavam José Afonso: "C'os Tamaquinhas do Zeca" dos Couple Coffee e "Convexo - A Música de Zeca Afonso" de Jacinta. O primeiro dava às músicas de Zeca um tom brasileiro, com algum samba e muita alegria, mesmo nas letras mais trágicas. O segundo conduzia Zeca ao jazz mais puro, tirando alguns artifícios fáceis da música popular e acrescentando robustez. Tanto um como outro foram parar à minha discografia pessoal não só por gostar dos Couple Coffee e da Jacinta mas também pelo brilhantismo que acrescentaram à memória de Zeca Afonso.
Jacinta tem uma poderosa voz e uma presença em palco que se agiganta. Como qualquer artista de jazz que é prefiro-a ao vivo que em disco de estúdio, mas as bases dos concertos são esses álbuns. Jacinta é das Jazz Singers que mais me encanta e deleita. A primeira vez que a ouvi ao vivo foi no antigo Hot Club, estava então Jacinta grávida e eu no meu primeiro ano de faculdade. Trago-vos aqui  "A Morte Saiu à Rua" do seu álbum de 2007, "Convexo - A Música de Zeca Afonso".  Esta música surgiu pela primeira vez no álbum "Eu Vou Ser Como a Toupeira" editado em 1972 e é dedicada ao pintor, artista plástico e militante do PCP José Dias Coelho, assassinado a tiro a 19 de Dezembro de 1961 por agentes da PIDE na então Rua dos Lusíadas, que hoje tem o seu nome, em Alcântara, perseguiram-no, cercaram-no e dispararam dois tiros, um à queima-roupa, em pleno peito, deitando-o por terra, o outro foi disparado com ele já no chão a morrer.
A morte saiu à rua num dia assim
Naquele lugar sem nome para qualquer fim

Uma gota rubra sobre a calçada cai
E um rio de sangue de um peito aberto sai

O vento que dá nas canas do canavial
E a foice duma ceifeira de Portugal

E o som da bigorna como um clarim do céu
Vão dizendo em toda a parte o Pintor morreu

Teu sangue, Pintor, reclama outra morte igual
Só olho por olho e dente por dente vale

À lei assassina, à morte que te matou
Teu corpo pertence à terra que te abraçou

Aqui te afirmamos dente por dente assim
Que um dia rirá melhor quem rirá por fim

Na curva da estrada há covas feitas no chão
E em todas florirão rosas de uma nação

segunda-feira, 16 de abril de 2012

countdown

Today was the day.
Hoje foi o dia. Despedi-me e isso não é o fim do mundo, nem o fim da minha vida. Hoje foi o dia em que dei mais um passo. Sim, para um futuro mais incerto, mas para um futuro com a cabeça e o corpo mais sãos. E hoje recomeça outro countdown. E hoje, mais logo ao final da tarde, começo a fazer um Curso de Noções Básica de Cozinha. E hoje está um dia de verdadeira Primavera, com muito sol e pólen no ar. Já não é sexta-feira 13, dia internacional do beijo, é segunda-feira 16, dia internacional da voz. Estava nervoso, mas a voz não tremei, esteve segura. Continuo nervoso, veremos se mais logo conseguirei dormir.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

filhos e cadilhos

Sempre quis ter filhos. Ainda quero. Não importa se biológico ou adoptado. Desde os 30 anos que esse desejo se vem acentuando. O meu JR sempre torceu o nariz à ideia de ter filhos, se bem que de há uns tempos para cá já é mais favorável.
Não sei se o meu desejo de ter filhos será egoísmo meu ou não, a necessidade latente de preenchimento de alguma lacuna familiar. Por várias razões às vezes penso que estou a ser um egoísta vil e mesquinho. A minha mãe morreu quando eu tinha 12 anos, desde essa altura procuro, inconscientemente, nalgumas mulheres o elo maternal que se quebrou tão cedo. Desde a minha avó paterna - que cuidou de mim e do meu irmão logo após a tragédia e até aparecer a minha primeira madrasta - até à minha avó materna - que cuidou de mim desde que fui viver consigo e o meu avô, tinha eu 14 anos, isto só para dar dois exemplos.
Talvez prefira adoptar por ter sido filho biológico dos meus pais e de criação dos meus avós maternos. Lembro-me vagamente que os meus pais estiveram para adoptar uma menina que teria apenas mais um ano que eu e com a qual criaram afinidade durante um dos meus internamentos ou visitas regulares ao Hospital D. Estefânia. Na altura a menina foi adoptada/acolhida por uma enfermeira e o seu marido que não podiam ter filhos. Felizmente que assim foi e a menina não veio depois a sofrer a perda de outra mãe, já lhe tinha bastado o abandono dos seus pais. É por isso que não compreendo o porquê de negarem a adopção de crianças a pessoas que têm tanto amor para lhes dar...

segunda-feira, 19 de março de 2012

My Jazz Singers #3

Esta rubrica este mês vem mais tarde por causa do dia de hoje...
Ela foi actriz e cantora, foi e é considerada uma das mulheres mais bonitas que já existiu no mundo, bela, sensual, frágil, infeliz, neurótica, dependente de álcool e fármacos, insegura, sem auto-estima, teve problemas com o pai e talvez por isso coleccionou maridos, nunca ganhou um Oscar, mas ganhou a dada altura um Globo de Ouro com um filme que contém uma das cenas mais famosas da sua carreira e participou em dezenas de filmes. Interpretaram-na outras dezenas de vezes, uma das últimas vezes valeu uma nomeação ao Oscar à actriz que fez de si. Marilyn Monroe (ou Norma Jean) dispensa apresentações, faria a 1 de Junho 86 anos. Não foi apenas uma diva, é a personificação do que melhor e pior tem o cinema, nomeadamente Hollywood. Devido à importância que ainda exerce na 7.ª arte é que o Festival de Cannes deste ano lhe dedicou este ano o cartaz promocional.
Como cantora, Marilyn não tinha grande voz, mas deixou-nos músicas e interpretações inesquecíveis, desde o incontornável "Diamonds Are a Girl's Best Friend" ao "Happy Birthday" a JFK. Trago aqui a sua versão de "My Heart Belongs To Daddy" por ser... dia de todos os pais. Não esquecer que o daddy da música não é propriamente o papá, mas um homem mais velho... Este standard do jazz tem letra e música de Cole Porter e foi composto em 1938 para o musical "Leave It to Me!" estreado no mesmo ano na Broadway. A versão da actriz é ligeiramente diferente do original, sobretudo no início, isto deve-se ao facto de fazer parte do filme musical "Let's Make Love" ("Vamo-nos Amar", 1960, de George Cukor). Fica a cena memorável...
While tearing off a game of golf
I may make a play for the caddy
But when I do, I don't follow through
Cause my heart belongs to Daddy

If I invite a boy some night
To dine on my fine food and haddie
I just adore, his asking for more
But my heart belongs to Daddy

Yes, my heart belongs to Daddy
So I simply couldn't be bad
Yes, my heart belongs to Daddy
Da, Da, Da, Da, Da, Da, Da, Da, DAAAAD

So I want to warn you laddie
Though I know that you're perfectly swell
That my heart belongs to Daddy
Cause my Daddy, he treats it so well

While tearing off a game of golf
I may make a play for the caddy
But when I do, I don't follow through
Cause my heart belongs to Daddy

If I invite a boy some night
To cook up some hot enchilada
Though Spanish rice is all very nice
My heart belongs to Daddy

Yes, my heart belongs to Daddy
So I simply couldn't be bad
Yes, my heart belongs to Daddy
Da, Da, Da, Da, Da, Da, Da, Da, DAAAAD

So I want to warn you laddie
Though I know that you're perfectly swell
That my heart belongs to Daddy
Cause my Daddy, he treats it so well

sexta-feira, 2 de março de 2012

New York, New York

O clássico "New York, New York", composto por John Kander, com letra de Fred Ebb e extraído do filme com o mesmo nome de Martin Scorsese é recriado por Carey Mulligan numa cena maravilhosa de "Vergonha" ("Shame", 2011) de Steve McQueen (no vídeo em cima), que tal como a cena de Liza Minnelli no filme de 1977 também irá ficar na memória do cinema. A interpretação amargurada e visceral de Mulligan, de qualidades vocais absolutamente nada comparadas às de Liza, fez-me recordar a Nova Iorque que visitei em 2010 com o meu JR. A cidade que nunca dorme que se vê neste "Vergonha" do artista plástico inglês McQueen, é a mesma que se vê em "Cisne Negro" ("Black Swan", 2010) de Darren Aronofsky. Estas películas mostram a Nova Iorque que eu próprio vi e vivi, mesmo que por poucos dias... Apesar de ser uma cidade encantadoramente rica, bela, maravilhosa e terrivelmente apaixonante e apaixonada, é também, e na mesma medida, uma cidade fria, vergonhosa, despida e sobretudo desprovida de sentimentos. Esta dualidade de sensações é cortante tal como se pode ver nas imagens em baixo. Do lado esquerdo temos uma cena de "Vergonha", à noite e com o protagonista, Michael Fassbender, vencedor da Taça Volpi para Melhor Actor no Festival de Cinema de Veneza, a enfrentar a câmara como que a desafiar-nos, do lado direito temos "Cisne Negro", de dia com Natalie Portman, vencedora do Óscar de Melhor Actriz Principal com esta sua Nina, de costas voltadas a nós e à sua vida interior.
É difícil não filmar ou fotografar Nova Iorque sem o glamour e o fascínio a que estamos habituados ver em filmes e fotografias. Nas imagens de baixo, tiradas por mim e pelo JR na altura, é fácil ver isso... do lado esquerdo, de dia e com um sol esplendoroso, temos o Chrysler Building na sua imponência e do lado direito, de noite e com todo magia das suas luzes, temos o Palace Theatre na sempre estonteante Broadway.
Nova Iorque não é mais que uma mera cidade como Lisboa, Madrid, Paris ou Londres, que de banal não tem nada, mesmo que não se goste não nos é indiferente. Tem defeitos e qualidades, vidas feitas, desfeitas e refeitas, altos e baixos, "Cheia de encanto e de beleza!". Mas completamente e totalmente dilacerante como os olhares cortantes e desesperados de Carey Mulligan e Michael Fassbender no vídeo em cima.
É favor clicar nas imagens para serem vistas e apreciadas com uma definição e qualidade melhores.

quinta-feira, 1 de março de 2012

trabalho por turnos

Trabalho por turnos desde Janeiro/Fevereiro de 2004, ou seja, há 8 anos consecutivos. As únicas pausas são nas férias. Em 2004 comecei a trabalhar por turnos na empresa onde já trabalhava desde Julho do ano anterior. Ao mudar de departamento, mudei de funções e de horários. Na altura os horários não eram tão estanques e tão rígidos como os que actualmente faço. Em 2008, por várias razões, incluindo financeiras, mudei de emprego, deixei a empresa onde estava há mais de 4 anos. Hoje em dia apercebo-me que eu não precisava de mais para ser feliz, ou estar bem. Contudo a mudança naquela altura foi fundamental. 2008 foi mesmo um ano de mudanças, muitas mudanças, que tinha que acontecer e que ainda bem que aconteceram.
Voltando ao trabalho por turnos... é das coisas mais violentas que existem em termos profissionais. Pessoal hospitalar (desde médicos, a enfermeiros e auxiliares), vigilantes e seguranças, empregados fabris, empregados de hotéis, e tantos outros, que trabalham por turnos, são profissionais que têm um desgaste maior, a possibilidade de serem mais infelizes nas suas relações amorosas, familiares e de amizade é menor e deixa-os de fora de uma vida social comum como os comuns mortais. Quando fazemos noites vivemos como morcegos, quando fazemos manhãs acordamos com o nascer do sol, quando fazemos tarde é quando alguém quer ir ao cinema. Ficamos às vezes e por vezes sem sentido de orientação. O desgaste é maior comparado com outras profissões física e psicologicamente com a mesma exigência.
Ando cada vez mais com aversão aos turnos, de nunca ter uma rotina, uma sequência comum. Detesto sobretudo as minhas manhãs, em que trabalho 7 dias seguidos, em que tenho que acordar às 06h, e deitar-me cedo, em que durmo muito pouco, pois o stress e pressão para dormir atacam-me o sono. E para alguém como eu que tem insónias desde a adolescência isto não ajuda. De momento estou na segunda noite de uma série de três, sendo que logo a seguir tenho três dias de folga e posso aproveitar o fim-de-semana para relaxar e divertir-me...

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

My Jazz Singers #2

"My Funny Valenine" é uma das músicas que mais adoro (amo) do reportório americano. Esta música foi composta por Richard Rodgers e escrita por Lorenz Hart para o musical "Babes in Arms" que foi levado à cena na Broadway pela primeira vez em 1937. Depois de ter sido gravada por Chet Baker, Frank Sinatra, Miles Dives, entre outros, esta música tornou-se num dos standards do jazz mais tocados, cantados e gravados. Neste dia esplêndido em que se celebra e comemora o dia de todos os namorados e de todas as namoradas este "My Funny Valentine" não podia faltar.
A versão que deixo aqui é uma das que mais gosto. É da maravilhosa Ella Fitzgerald que gravou a primeira versão em 1956 para o álbum "Ella Fitzgerald Sings the Rodgers & Hart Songbook". Esta versão tem uma particularidade, é das poucas em que consta o poema completo, que pode ser lido em baixo. Lady Ella foi, e ainda é de certa forma, das jazz singers americanas que mais se destacou no panorama da música americana. Com uma voz cativante e poderosíssima, de dicção perfeita não podia faltar nesta minha listinha das melhores cantoras de jazz (para mim, claro).
Behold the way our fine feathered friend,
His virtue doth parade
Thou knowest not, my dim-witted friend
The picture thou hast made
Thy vacant brow, and thy tousled hair
Conceal thy good intent
Thou noble upright truthful sincere,
And slightly dopey gent

You're my funny valentine,
Sweet comic valentine,
You make me smile with my heart.
Your looks are laughable, un-photographable,
Yet, you're my favorite work of art.

Is your figure less than Greek?
Is your mouth a little weak?
When you open it to speak, are you smart?
But, don't change a hair for me.
Not if you care for me.
Stay little valentine, stay!
Each day is Valentine's Day

Is your figure less than Greek?
Is your mouth a little weak?
When you open it to speak, are you smart?
But, don't change a hair for me.
Not if you care for me.
Stay little valentine, stay!
Each day is Valentine's Day

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Downton Abbey

A série britânica "Downton Abbey" é o meu mais recente vício. Esta série histórica criada por Julian Fellowes para o canal privado ITV passa-se na fictícia Downton Abbey, a casa de campo do Conde e Condessa de Grantham, e segue a vida da família Crawley e dos seus empregados durante o reinado de George V. O primeiro episódio começa com a notícia do naufrágio do Titanic em 1912 e vai até ao começo da I Guerra Mundial. E mais nada conto que é para aguçar o apetite. A série que acabou de exibir a sua segunda temporada em Dezembro último tem andado a ganhar tudo o que é prémios e a terceira temporada promete.
Sempre tive um fascínio por séries históricas britânicas, mas as da BBC por vezes conseguem ser um pouco aborrecidas, parecendo quase sempre iguais entre si, mantendo-se muito nas intrigas familiares e quase nunca dando a perspectiva dos seus criados. "Gosford Park" (2001) de Robert Altman  foi o filme que melhor definiu esta dicotomia e estes dois mundos, o downstars e o upstars, que no fim de contas são apenas duas visões do mesmo acontecimento. "Downton Abbey" e a magistral obra de Altman fazem uma crítica mais ou menos feroz à sociedade da altura, que talvez não seja assim tão diferente da actual, apenas as guerras são outras e usam-se diferentes armas. As semelhanças entre ambos devem-se ao facto de Fellowes ter sido o responsável pelo argumento de "Gosford Park", pelo qual ganhou o Oscar para Melhor Argumento Original.
Todas as personagens são maravilhosas, claro que umas mais que outras. Todo o elenco é digno de se ver representar, mas os meus olhos têm-se deleitado com Rob James-Collier (na imagem aqui à esquerda) que me faz lembrar tanto, mas mesmo tanto um grande amigo meu, sobretudo nas expressões que faz com os olhos e a boca, são tal e qual, parecem separados à nascença. James-Collier interpreta o ambicioso Thomas Barrow capaz de (quase) tudo para atingir os seus propósitos, sabendo muito bem como usar o que lhe calhou em sorte. Na imagem de baixo pode ver-se Thomas e o Duque de Crowborough (Charlie Cox) num beijo ardente e fogoso que acontece logo no primeiro episódio da primeira temporada. São motivos de sobra para se ver esta brilhante série.
Promo da primeira temporada da série no canal ITV:

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O meu primeiro beijo.

O Pinguim pediu-nos para relatarmos a nossa "primeira vez"... Tive várias primeiras vezes... algumas estão no segredo dos deuses e não podem ser partilhadas, outras foram brincadeiras, outras foram coisas sérias. Não sei qual a que conte... Vou romancear o meu primeiro beijo.
A primeira vez que beijei alguém, foi uma rapariga. Foi em Setúbal, onde eu vivi até aos 14 anos. Ainda me lembro dela. A Vanessa era na altura e aos meus olhos muito bonita e vistosa, morena de cabelos compridos e sedosos. É incrível, mas ainda me lembro do seu cheiro... cheirava a flores, a margaridas. Hoje em dia detesto perfumes com cheiro muito activo a flores. Éramos muito novos, devíamos andar no 5.º ou no 6.º ano. Foi na então Escola Preparatória do Bocage. O nosso "namoro" não durou mais que uns dois ou três dias, um de nós acabou por uma criancice qualquer, mas nunca mais me esqueço da sensação que tive ao beijar a Vanessa pela primeira vez. O meu sangue ferveu. Todo eu era nervoso miudinho. E eu termia, termia como se tivesse frio, muito frio. Nessa altura ainda não tinha dúvidas nenhumas. As dúvidas vieram depois, no mesmo ano, e as certezas, sempre falíveis, vieram mais tarde. Aliás, até essa altura nunca tinha pensado em beijos e namoros e essas coisas. Os rapazes daquelas idades não pensam nisso, quem pensa nisso são as raparigas, só elas... como estamos enganados com os estereótipos pré estabelecidos...
E o meu primeiro beijo foi maravilhoso, o sabor adocicado da sua boca extasiou-me e o aquele seu cheiro a flores drogou-me... até hoje...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Momento StarFM #1

"Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" por Doris Day, música ouvida hoje às 6h48 na StarFM. Esta música e esta cantora e actriz dispensam apresentações... "Que Sera Sera (Whatever Will Be, Will Be)" de Jay Livingston e Ray Evans foi composta para o filme de 1956 "O Homem Que Sabia Demais" ("The Man Who Knew Too Much") de Alfred Hitchcock, tendo ganhado o Óscar para Melhor Música, Canção Original. É provavelmente o maior sucesso de Doris Day, curiosamente não é das músicas que a actriz mais gosta. Provavelmente por o filme ter sido desvalorizado pela crítica e pelo público à época. O que é certo é que a escolha de Doris para este thriller de Hitchcock foi olhada com alguma estranheza, mas as escolhas do realizador para os papéis femininos nos seus filmes foram sempre olhadas de lado. Hitchcock conseguia a proeza de arrancar interpretações soberbas das suas actrizes em filmes cujas performances são sempre deixadas para segundo plano. Este caso não é excepção, Doris Day tem uma das suas melhores interpretações no cinema, é soberba como mulher do homem que sabia demais.
Para recordar ficamos com a cena em que Josephine (Doris Day) canta comovida a música para uma plateia embevecida e para um marido, Dr. Benjamin (James Stuart), preocupado, com o objectivo de chamar a atenção do filho de ambos, Hank, (Christopher Olsen) que se encontra num dos quartos da casa...

sábado, 14 de janeiro de 2012

My Jazz Singers #1


Vou iniciar aqui uma série de posts com algumas músicas e sobretudo com algumas Jazz Singers, cantoras de jazz, eles ficarão para outras núpcias. Algumas, como a de hoje, poderão não ser propriamente e/ou verdadeiramente cantoras de jazz, mas que eu considero que deverão e poderão estar nesta minha pequena  grande lista.
Björk, nascida Björk Guðmundsdóttir em 1965 em Reykjavík, capital da Islândia. A sempre controversa cantora e também actriz tem uma carreira recheada de sucessos. No cinema protagonizou um dos melhores trabalhos de Lars von Trier, o  vencedor da Palma de Ouro em Cannes, "Dancer in the Dark" (2000), tendo-lhe sido atribuído o prémio de melhor actriz também em Cannes. Todos os seus álbuns têm tido sucesso, desde o "Debut" (1993) ao mais recente "Biophilia" (2011). De referir que no álbum "Post" (1995) Björk conseguiu a proeza de fazer nascer um novo clássico da música "It Oh So Quiet", um original de 1951 da cantora Betty Hutton. Björk surgiu ao mundo como a voz dos Sugarcubes em 1986, mas antes desse "nascimento" gravou um primeiro álbum, "Björk" (1977), quando tinha apenas 12 anos e em 1990 gravou "Gling-Gló", com o tríó Guðmundar Ingólfssonar. É deste álbum que  trago aqui a música "Í dansi með þér", a versão islandesa do mambo "¿Quién será?", um original mexicano de 1953, que se tornou muito conhecido em 1954 como "Sway". "Gling-Gló" é um álbum com uma vertente muito jazzística, que contem algumas músicas islandesas, algumas delas de embalar, como a que dá título ao álbum, alguns standarts do jazz, como o "I Can't Help Loving That Man" e algumas versões de músicas pop como "Ruby Baby". Enjoy...

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

decisões

Já estive para escrever este texto várias vezes desde segunda-feira. Escrevo qualquer coisa e apago. Escrevo e guardo e apago novamente. Enfim...
Toda a gente é, ao longo da vida, confrontada com decisões que tem que tomar. Umas mais difíceis que outras. Há pessoas que me dão a sensação que nunca tomaram uma decisão na vida, apesar de as tomarem. Que a vida lhes corre, simplesmente lhes flui. O meu JR é uma dessas pessoas. Às vezes sinto inveja, uma inveja daquelas que faz cócegas, inveja da boa, e sorrio. Gosto de sorrir quando a vida corre, por e simplesmente corre. Mas nem sempre é assim. Sempre fiquei incomodado perante ter que tomar grandes decisões, daquelas que mudam e condicionam a nossa vida para sempre, daquelas que se tem que decidir entre o caminho da esquerda e o da direita e sabemos que nada voltará a ser como antes e que não podemos voltar atrás na decisão. Vai fazer em Agosto 19 anos, tinha eu apenas 14 anos, que tomei a minha primeira decisão e uma das mais difíceis da minha vida. Ainda hoje às vezes penso nela e sorrio, nem sempre sorrio, é certo. Foi apenas uma decisão, uma escolha, difícil é certo, mas que influenciou o homem que sou hoje.
Isto tudo para dizer que ando a matutar numa decisão que talvez tenha que tomar. Uma das que descrevi. Posso não a tomar agora e ser adiada por uns meses, mas que vai ter que ser realmente tomada. Poderá a decisão, dependendo da forma como será tomada, ser mais ou menos violenta. Poderei magoar-me e muito. E não sei como e no que me decidir. Já pareço o outro "Não sei se vá. Não sei se fique. Não sei se faça. Não sei se coma.". Que faço? É a pergunta que se coloca e que ainda não tem resposta. Mas irá ter... a ver vamos no que dá.
(Só para esclarecimento: falo de trabalho e de um projecto a médio e longo prazo que poderá afectar grandemente e gravemente a minha vida, tanto de forma positiva, como negativa.)

domingo, 8 de janeiro de 2012

Queres casar comigo?

Foi há dois anos que Portugal mudou e tornou-se um pouco mais humano e mais livre. Como romântico que sou, sou daqueles que quer casar e ter filhos, ter uma família. Essa família já a tenho, eu e o meu JR somos uma já família. Não temos planos para nos casar, não é isso que irá mudar alguma coisa na nossa felicidade. Sinceramente, confesso que me dava algum gozo, e claro muita felicidade e alegria, poder casar com o homem que amo na presença da minha família mais próxima...
Entretanto vale a pena ver de novo os cerca de 8 minutos de um dos melhores discurso de sempre que um deputado, neste caso Miguel Vale de Almeida,  fez na Assembleia da República: "No dia seguinte à efectiva possibilidade de dois homens ou duas mulheres casarem civilmente, se assim o entenderem, respiraremos um ar mais livre, cresceremos como democracia, promoveremos a inclusão e acarinharemos a diversidade na igualdade. Nesse dia, o arco-íris – símbolo da luta dos gays e das lésbicas pela sua dignidade plena - será também um símbolo da nossa República.".

sábado, 7 de janeiro de 2012

migrações

Isto não está fácil... Ainda não consegui migrar o outro blog para aqui, mas não vai ser por isso que isto não (re)começa.
Muito se tem falado em emigração nos últimos tempos. No meu blog (mais ou menos) político, O Chaparral, escrevi sobre "A emigração do Pingo Doce". No texto escrevi a dada altura que "Eu próprio já considerei emigrar mais do que uma vez, numa das vezes cheguei a ter as malas feitas para Liverpool.". É verdade. Estava tudo combinado para eu ir para Liverpool fazer uma formação para depois integrar uma equipa num paquete (um barcozeco). Não fui. À última hora esquivei-me e não fui. Fui desleal para quem me tinha "contratado", mas como ainda não tinha vinculo legal não me importei em não ir. O meu sexto sentido dizia-me para não ir que a coisa não iria correr lá muito bem. Hoje em dia não sei se não teria uma próspera carreira como "marinheiro", mas isso também pouca importância agora. Prefiro confiar no meu sexto sentido. Já houve alturas em que não confiei e lixei-me. Já houve alturas em que o meu sexto sentido estava desafinado e só deu sinal de si quando as coisas estavam concretizadas e eu já não podia saltar fora, por exemplo quando entrei em 2008 para o meu actual emprego. Mas isto é uma história para um outro post... Claro que isto dito assim, aliás escrito assim, parece um pouco leviano e sem seriedade nenhuma. Não parece, mas sou ajuizado, sempre fui, se calhar até em demasia. Na altura da ida para Liverpool não confiei na empresa, ou talvez não tenha confiado nas pessoas envolvidas no projecto. Ou até posso não ter confiado em mim próprio, dado que sou muito exigente comigo mesmo. Houve qualquer coisa que me fez recuar. O que importa é não haver arrependimentos ou frustrações do que não se faz. Com os incentivos que este governo anda a fazer à emigração, pode ser que um dia destes, coisa que duvido, esteja a escrever doutra cidade, doutro país, de Belgrado por exemplo...

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Surpresa! Surpresa!

Decidido que estou em reabilitar este blog... ou melhor em reabilitar a minha prática de escrever sobre coisas minhas e banais (e não apenas sobre política ou cinema), vou transferir este blog para aqui: http://luisv-desde1979.blogspot.com/. A ver se 2012 começa bem... tudo influências de um certo Pinguim, de Dois Coelhos, de um Deus do Olimpo e outros que dão também cartas na blogosfera. Vemo-nos por aí...